sexta-feira, 28 de maio de 2010


Egoísmo & Altruísmo

Assim falou INRI CRISTO:

“É muito comum os seres humanos confundirem o equilíbrio com egoísmo. O equilíbrio é o estado ideal para se viver bem e feliz na Terra. Observai a natureza e vede que tudo sempre flui em direção ao equilíbrio.

Cada ser humano tem que ser o zelador do seu equilíbrio, e só deve dar para os seus semelhantes daquilo que pode dar, do que não lhe compromete no essencial, do que não lhe faz falta. Compartilhar torna-se uma necessidade quando tens algo em abundância, até para que sejas agraciado sempre com mais e mais. Tu podes até fazer um sacrifício por alguém, desde que não te desequilibres. Quanto te desequilibras, perdes a paz, comprometes tua integridade física, psíquica e espiritual. Se tu pagas a conta de outrem com o dinheiro que havias reservado pra pagar a tua conta, tu vais ficar endividado, vais assumir um débito que o outro fez por imprudência, displicência, ou simples incapacidade de projetar sua vida tendo em conta a perspectiva de dívidas, além de que estás te candidatando ao título de inadimplente, velhaco. E assim é em tudo, meus filhos, nas questões materiais e espirituais. No dinheiro, nos favores, nos relacionamentos.

Por exemplo: se tu tens que pagar uma conta na semana que se avizinha, reservaste uma quantia só pra essa finalidade, e nesse intervalo um amigo, sob uma alegação qualquer, vem desesperado recorrer a ti em busca de dinheiro, tu fatalmente podes pensar que seria egoísmo da tua parte não dar desse dinheiro ao teu amigo. Então nesse caso, se tu raciocinas equilibradamente, tu consegues barrar a ansiedade e não entregas aquilo que não podes. E te digo em verdade: se tu não emprestas, não estás sendo egoísta. Mas se tu emprestas e não consegues pagar a tua conta, tu estás sendo falsamente altruísta. Tu pensas que foste altruísta, quando na verdade foste leviano, tolo, insensato, porque te desequilibraste. A partir do momento em que não dispões mais do dinheiro pra pagar a tua dívida e sabes que precisas pagá-la, tu perdes o equilíbrio. Daquela dívida que deixaste de pagar vêm os juros, tu perdes tempo dando satisfação ao teu credor e quando percebes, tu é que estás endividado... enquanto o teu amigo já até mudou de vida e nem sequer se preocupa com o ocorrido. É apenas um exemplo que estou dando, mas existem muitos outros.

Não deveis confundir altruísmo, bondade, generosidade... com burrice. Perder o equilíbrio voluntariamente é burrice. Uma pessoa perde o equilíbrio por ingenuidade, estupidez, ou até mesmo porque foi enganada. Ao contrário ela jamais perderá o equilíbrio; lembra do ALTÍSSIMO e pensa: “DEUS sabe que não posso ajudar nesse momento, e Ele pode ser tão generoso para com meu amigo como o foi para comigo”. Há dois mil anos eu disse: “Dá a quem te pede, e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes” (Mateus c.5 v.42), mas isso não significa que és obrigado a te tornar desonesto, ou que te seja imposto fugir de credores.

Todavia, quando alguém te pede um favor e tu estás apto a executá-lo sem te prejudicar, sem te desequilibrar, aí tu podes e deves fazer de bom grado, é bem visto aos olhos do SENHOR. Mas se tu fizeres um favor a alguém que está saldando uma dívida carmática e isso te desequilibrar, tu acabas assumindo uma parcela dessa dívida e estás sujeito a descer uma enorme ladeira de decadência econômica e social, da qual dificilmente regressarás, exceto com ajuda do SENHOR e muito esforço.

Uma pessoa equilibrada só dará daquilo que ela tem a oferecer, ela não vai dar daquilo que ela não tem. Tu podes fazer qualquer coisa pelo teu semelhante, menos oferecer o que mantém o teu equilíbrio, sob pena de perderes a tua integridade e ficares vulnerável, fraco, desequilibrado. Só podes oferecer aos outros o que está ao teu alcance oferecer, o que não vai comprometer o teu equilíbrio interno, que não vai te fazer falta. Mas a partir do momento que fazes por uma pessoa algo a mais do que podes, do que é natural, aí tu, sendo desonesto contigo mesmo, perdes o equilíbrio e ficas debilitado.

Num relacionamento amoroso, por exemplo. Se tu deres ao teu parceiro as energias concernentes ao teu trabalho, à tua concentração, ao teu bem-estar, tu perdes o equilíbrio. Tu podes e deves dar das tuas energias transbordantes; dessa forma não vais atrapalhar o teu dia-a-dia, a tua rotina, o teu labor. Mas a partir do momento em que entregas a outrem a parte vital das tuas energias e começas a agir em função do outro, teu companheiro fica todo radiante e tu te tornas um escravo, mendigo, miserável; corres até o risco de transformar a tua vida num inferno. Se um cônjuge diz ao seu parceiro: “Mas você não faz isso por mim, você é um egoísta!”, não se trata necessariamente de egoísmo, e sim tão somente que ele recusou-se a dar algo que não possui, optando por permanecer no equilíbrio. E como amar é dar tudo sem nada exigir em troca, quem te ama verdadeiramente jamais exigirá algo de ti.

Outro exemplo de um erro grave: supõe que tu sais do banco com o dinheiro do teu patrão, indo pra outro lugar pagar uma dívida. Nesse intervalo, tu encontras um parente desesperado, arruinado, desgraçado... ele se prostra diante de ti e implora que o ajude, sob a alegação de que tem dívida de jogo e está sofrendo perseguição e ameaça de morte... Aí, se tu pegas do dinheiro do teu patrão, pensando: “Amanhã ou depois ele desconta do meu salário...” e entregas pro teu parente endividado, tu estás roubando do teu patrão, estás te desequilibrando para pagar uma dívida que o outro fez por ser inconseqüente, irresponsável, cabeçudo... E acabas te contaminando com a miséria, com a desgraça dele, correndo o risco de perder o teu emprego por justa causa.

Naquela hora, naquele momento chave, se tu não podes ajudar, tens que confiar no SENHOR e dizer ao interceptor desesperado: “Eu não posso dar porque não tenho, mas peço a DEUS, nosso PAI, que te abençoe e te conceda uma solução. Confia no SENHOR”. Dependendo da reação da pessoa, se ela se revolta contra DEUS, tu ficas sabendo por que ela está naquelas condições. Mas se ela aceita humildemente a tua prece, ser-lhe-á abreviado o sofrimento.

Tu podes e deves ajudar teu semelhante. O que não podes jamais é te desequilibrar. Tu deves dar tudo pelo equilíbrio, sempre manter-se equilibrado. O equilíbrio é a chave de tudo, é a justa medida. O equilíbrio é a sintonia com DEUS. DEUS é equilíbrio. DEUS, o equilíbrio e a paz são uma só coisa. Então se não queres te desligar de DEUS, tu não te afastas do equilíbrio. Se não queres perder a paz, então mantém-te equilibrado em sintonia com o PAI.

Eu sou o interventor do destino enviado pelo ALTÍSSIMO. Tenho a missão de mostrar aos filhos que cruzam o meu caminho como melhor percorrer equilibradamente a senda do destino, ou seja, ensino-lhes a livrar-se dos vícios e maus hábitos, a não se deixar perturbar por influências nefastas de parentes, amigos ou quem quer que seja, que possa vir a provocar o desequilíbrio. E cada um, de acordo com o carma, de acordo com sua inteligência e sagacidade, ao levar a sério minhas palavras, as instruções que ministro da parte do PAI, se sentirá mais leve, mais seguro e feliz ao trilhar a rota do destino que lhe é inerente. Tu é que escolhes se queres carregar o destino como um fardo ou se preferes deslizar suavemente por suas veredas.”

Brasília – Nova Jerusalém, 24 de maio de 2010.

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