quinta-feira, 12 de abril de 2012



INRI CRISTO: “A princípio é mister esclarecer que sou a favor da vida com dignidade. É público e notório que a legalização do aborto no Brasil consiste numa questão de saúde pública; até a ONU já externou a sua relevante opinião (ver matéria: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,onu-critica-legislacao-brasileira-e-cobra-pais-por-mortes-em-abortos-de-risco,837316,0.htm?p=1). Todos que são contra a liberação do aborto no Brasil estão falaciando e preparando-se para a derrota, emitindo os últimos cantos de cisne, como aconteceu na Itália, Espanha, Portugal... onde hoje o aborto está legalizado. Só quem insiste em usar viseira não enxerga que existem oficialmente mais de 1 bilhão de pessoas famintas na Terra. É mais salutar, preferível interromper a gestação logo nas primeiras semanas do que assistir a 200 mil mulheres morrendo por ano no Brasil ao tentar provocar o aborto clandestinamente, além das que jogam seus recém-nascidos em lagoas, vasos sanitários e latas de lixo, como exposto constantemente nos noticiários. Entre os males, que prevaleça o menor: interrompendo a gestação nos primeiros meses, pode-se evitar a tortura de uma adolescente de 12, 13 anos (que mais adiante será abandonada por essa mesma sociedade que é contra o aborto) desprezada, pedindo esmola e cheirando crack nas ruas com seu rebento no colo ou no ventre, como a mídia nos tem mostrado. Assim, depois que a criança gerou o feto e ele veio ao mundo, ela é abandonada. Aliás, ela só é usada para, em nome desses recém-nascidos, sensibilizar os corações das elites. O dinheiro fica partilhado entre os “grandes”; as crianças continuam gerando crianças e o lucro continua no bolso dos que exploram a elite hipócrita em nome dos desamparados, dos menos favorecidos sem teto. Ademais, só os homens que já engravidaram ou pretendem engravidar podem opinar sobre o aborto, assim como só as mulheres que tiveram ou postulam ter problemas de próstata podem opinar sobre as conseqüências do massageamento da próstata. Digo isto porque só uma mulher sabe se gostaria de carregar no ventre um feto anencéfalo, para nove meses depois proceder com uma cerimônia fúnebre (sendo torturada durante todo esse tempo com o pensamento de como será o futuro funeral) ou se preferirá logo se desvencilhar do feto anormal conforme preveni há mais de dois mil anos: 'Se algum membro do teu corpo for motivo para escândalo, arranca-o e atira-o para longe de ti' (Mateus c.5 v.29). Em se desvencilhando, poderá ser fecundada novamente para nove meses depois festejar o nascimento de um filho. Logo, só a mulher pode decidir. É mister analisar o relato da Dra. Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano e professora Titular de Genética Humana da USP (áudio-entrevista: http://cbn.globoradio.globo.com/programas/jornal-da-cbn/2012/04/11/ABORTO-DE-ANENCEFALOS-E-A-INTERRUPCAO-DE-UM-SOFRIMENTO.htm). Ao participar de um procedimento nos Estados Unidos, ela menciona que os profissionais da saúde deram a notícia de anencefalia à gestante num momento em que ela podia tomar a decisão imediata de interromper a gestação – enquanto que no Brasil mulheres, crianças esperam meses para obter autorização judicial a fim de proceder à interrupção. Sou contra o aborto e racionalmente a favor da interrupção da gravidez em caso de anencefalia, estupro ou em extremos indesejáveis. O termo aborto está muito demonizado, por isso vale ressaltar que sou racionalmente a favor da interrupção da gravidez indesejada. Ou seja: pró-vida com dignidade”.



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