Erudição não é sinônimo de intelectualidade
Assim falou INRI CRISTO:
“Aos olhos de meu PAI, SENHOR e DEUS, intelectual não é meramente o indivíduo que cursou e se formou na faculdade, que estudou anos e anos, leu centenas de livros, dedicou sua vida ao conhecimento científico. Intelectual, aos olhos de meu PAI, é alguém que desenvolveu o intelecto. E a principal qualidade de alguém que desenvolveu o intelecto está na liberdade de raciocínio, na humildade em reconhecer quando se está errado, na sagacidade em discernir o certo do errado, a realidade da fantasia. Isso independe de haver ou não passado por uma academia. O intelectual tanto pode ser uma pessoa de elevada instrução acadêmica como também um simples camponês trabalhador.
O termo “formado” é comumente utilizado para designar alguém que estudou na faculdade um determinado ramo do conhecimento humano. Todavia, se analisado friamente, o comportamento da maioria dos assim chamados “formados” denota um significado bem diferente. Ser “formado”, neste caso, indica que o indivíduo saiu da forma, aceitou o cabresto acadêmico. Ou seja, seu raciocínio tornou-se condicionado aos limites do racionalismo e do método científico imposto pelas academias. Por este motivo é que, aos olhos de meu PAI, aqueles que se formam na faculdade, que saíram da forma da faculdade, os “formados”, são seres bitolados, limitados à sua estreita e materialista maneira de raciocinar, salvo raras e brilhantes exceções.
Um jovem que estudou para tornar-se médico, ao sair da faculdade, obtém um diploma que na verdade é tão somente uma autorização para estudar empiricamente a Medicina, pois só pode dizer-se médico quem a conhece na prática. Só após haver usado como cobaias seus primeiros pacientes é que ele realmente vai exercer a profissão. O estudante de Direito, ao sair da faculdade, recebe autorização para usar como cobaias seus primeiros clientes. Aproximadamente dez anos depois de adquirido o diploma é que se tornará um verdadeiro advogado. Um indivíduo que diz ter estudado Sociologia só pode tornar-se efetivamente sociólogo se vivenciar a realidade das esquinas sociais, se testemunhar de perto as misérias, o sofrimento, as dificuldades do povo, ao contrário será um teórico conhecedor de livros. Meu PAI me submeteu ao estudo da sociologia na prática para que conhecesse o interior dos seres humanos, as razões da pobreza, possibilitando o cumprimento de minha missão. E assim sucede em relação a todas as profissões.
Como já disse anteriormente, o intelectual não sai necessariamente de uma academia. Intelectual é aquele que desenvolve o intelecto, a inteligência, e, principalmente, que aprende a utilizar a inteligência a favor de si e de seus semelhantes. Charles Darwin e Albert Einstein, por exemplo, foram verdadeiros intelectuais, uma vez que transcenderam o jugo imposto pelas cadeiras das universidades. Ambos foram homens iluminados inspirados por DEUS. Tornaram-se cientistas, conhecedores da natureza sobrepujando a forma, a bitola imposta pelos homens. Por outro lado, existem os que usam negativamente a inteligência para maquinar planos de guerra, construir bombas, roubar, seqüestrar, trapacear, matar...
E em verdade vos digo: erudição não é sinônimo de intelectualidade nem de sabedoria. O sábio não é erudito e o erudito não é sábio. O erudito é um indivíduo que leu, mais precisamente engoliu, sem discernimento, sem fazer a triagem, centenas de livros, enciclopédias, bibliotecas. Dedicou sua vida a obter conhecimentos às vezes até sem qualquer utilidade ao aprimoramento do bem-estar social. Têm fala e escrita difíceis, inacessíveis ao cidadão comum, numa linguagem elitizada que só os que estudaram como ele podem compreender. Seu discurso, embora pomposo na forma, mostra-se vazio no conteúdo, à semelhança de uma mulher bonita exteriormente, todavia oca em seu interior. O erudito quase sempre ignora o mais importante item que demonstra o estágio evolutivo de um ser humano: a simplicidade, que é o último degrau da sabedoria. Se for analisada sua alma, seu interior, na verdade ele não desenvolveu o intelecto, posto que muitas vezes engole as mentiras de um livro, obviamente disfarçadas entre algumas verdades, só porque o autor ostentava um título de Phd. Mui raramente, disse o SENHOR, encontraremos um intelectual erudito.
Generalizou-se chamar intelectuais as pessoas que passam pela bitola, que saem da forma do academicismo. Não obstante, há uma colossal diferença entre ser intelectual e meramente um colecionador de títulos. Em minha longa caminhada sobre a terra observei muitos intelectualóides que não tinham o dom para exercer sua profissão, tão somente ostentavam um título. Existem pessoas que só obtém um diploma com objetivo de escapar-se da prisão. No Brasil, por exemplo, os criminosos formados em curso superior, embora cometam inúmeros delitos, não são encarcerados em cadeia comum. Conheci vários advogados que não sabiam sequer fazer uma petição, médicos que se intimidavam ao pegar no bisturi e me confessaram ter horror de sangue, pois só estudaram por imposição da família. Vi dentistas que estudaram odontologia só no intuito de enriquecer, e assim por diante em todos os ramos, em todas as profissões.
A sabedoria divina não dá preferência para os que estudaram anos e anos nas academias dos homens, ela não se manifesta exclusivamente nos considerados “sábios”, conhecedores das leis, doutores, colecionadores de títulos. Os títulos são ilusões criadas pelos homens para iludir a si próprios, servem de escudos para esconder a insegurança e a fragilidade do ser humano que está por trás deles (eis aí o verdadeiro motivo que muitas vezes leva um “doutor” a invocar seus títulos). O intelectual estuda diligentemente o que se põe à sua frente e não se impressiona pelos títulos do autor. Ao ler um livro ele não aceita tudo indiscriminadamente como muitas vezes procede o erudito. Ele estuda, analisa criteriosamente, como vos ensinei da parte de meu PAI na Parábola dos Diamantes, ou seja, ele remove palha por palha no celeiro, juntando diamante por diamante para formar a coroa da sabedoria. A verdadeira intelectualidade, através da qual se manifesta a sabedoria, pode ser encontrada até mesmo no linguajar simples de um camponês, na candura de uma criança, na indignação do jovem. É assim que ensino a meus filhos da parte do SENHOR.
Contudo, isto não significa que o SENHOR despreze as academias. Ao contrário, elas são muito importantes e fundamentais para a organização social, facultando aos estudiosos e interessados adquirir instrução e através disso exercer suas potencialidades. Muitas vezes fui convidado a falar nas universidades e constatei a importância de sua existência. O empenho ao estudo e a sede do saber são louváveis, contanto que sempre se tenha em mente a origem e fonte de todo conhecimento e sabedoria: DEUS. O único e lamentável obstáculo para os seres humanos é que, junto com o diploma, eles recebem e aceitam o orgulho, negativo feltro que bloqueia a passagem da sabedoria e da luz divina no sistema neuronial. O orgulho, a empáfia, a auto-exaltação impedem o acadêmico de enxergar os detalhes mais sutis e preciosos da natureza (obviamente, como em toda regra, existem as exceções). Por este motivo eu disse quando me chamava Jesus: “Graças te dou, ó PAI, porque ocultaste estas coisas aos doutos e aos prudentes e as deste a conhecer aos simples e aos humildes” (Mateus c.11 v.25). Sede humildes na grandeza e então sereis grandes na humildade, posto que a humildade, a maior das virtudes humanas, é a preciosa chave que dignifica o ser humano e lhe propicia conhecer e compreender os insondáveis mistérios da lei divina.”
Fonte: http://www.inricristo.org.br/
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